Os comentários sobre os grandes eventos que o Brasil sediará nos próximos dois anos estão a todo vapor. Muito se fala sobre nossa falta de infraestrutura e total despreparo para recebermos a Copa das Confederações (que começou no último sábado), a Jornada da Juventude, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

A nossa infraestrutura já é falha no cotidiano: o transporte público é totalmente ineficiente para a grande demanda, é muito caro, desconfortável e lento, sinalizações indicando a direção correta a seguir do ponto x ao y, que tipo de transporte é o melhor para o trajeto escolhido e a capacitação dos atendentes de forma geral são bastante comprometedoras.

Existem sérias dúvidas sobre o sucesso desses eventos por conta dessas falhas que já estão cravadas na vida de todos nós, cidadãos brasileiros, que pagamos nossos impostos mas que nos acostumamos a viver nessa roda viva, cheia de falhas e necessidades não supridas.

Agora de última hora é que muitos empresários estão tentando preencher uma falha crônica de nossa educação: estão oferecendo cursos “rápidos” de inglês, para garçons e para pessoas que trabalham com atendimento ao público de forma geral.

Isso não seria necessário se nossa educação fosse melhor, se preparasse nossos estudantes para a vida profissional desde sua base. Pessoas que estudaram em escola pública até os anos 60 do século passado por exemplo, ainda se lembram do inglês e do francês que aprenderam. Se nossas escolas públicas fossem boas, hoje estaríamos aptos a receber todos os estrangeiros que virão participar dos grandes eventos que estão por vir.

Considerando que o Brasil é um dos países mais lindos do mundo, que temos inúmeros pontos turísticos deslumbrantes, esse não deveria ser um problema a essa altura. Diariamente recebemos turistas de todas as partes, deveria ser normal saber como atendê-los, mas como sempre, o tal jeitinho brasileiro, faz um garçom rir ao relatar que um turista teve que imitar um boi para pedir uma picanha. São coisas do Brasil!